terça-feira, 1 de setembro de 2009

Farda da PM pode ser comprada, sem controle, pela internet

As aparências enganam. Por falta de legislação, qualquer um pode comprar uma farda da Polícia Militar. O homem não podia estar neste lugar. Os corredores são os do quartel-general da Polícia Militar do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Também não podia estar na sede da Polícia Civil do estado. O homem entrou sem mostrar documentos, sem ser convidado, na hora que quis, como quis. O que abriu as portas mais vigiadas da cidade foi a farda de policial militar. Só que ele não é um policial militar. O homem fardado é o repórter do Fantástico Giovani Grizotti. Ele vai mostrar como é fácil comprar uniformes da PM e como, ao vestir a farda, qualquer pessoa passa a ter privilégios.

Não precisa nem se identificar como soldado: a roupa vai abrindo os caminhos. A pior consequência disso é: de um inocente passeio de ônibus para um assalto ou uma falsa blitz, basta que no lugar deste jornalista esteja um bandido. Em Cuiabá, as imagens do circuito interno de TV mostram o homem vestido com uma farda da polícia militar.

Ele tenta comprar uma aliança e minutos depois anuncia o assalto. Em Belo Horizonte, duas pessoas estavam vestidas com uniformes da PM. Em São Paulo, dois criminosos conseguiram sair do banco com o dinheiro. Um deles usava roupa de policial.

No Rio Grande do Sul, fabricantes e vendedores da farda são credenciados pela PM. Um decreto estadual exige do lojista que confirme a identificação militar do comprador. Ainda assim, nos dois últimos anos, 25 crimes foram cometidos por bandidos vestidos de policiais. Em uma loja autorizada, o repórter compra calça, camisa, camiseta, cinto e boné. O funcionário pede a carteira funcional. O repórter diz que não está com os documentos e promete voltar para mostrar a carteira. E deixa a loja. Fardado. Passeia pelos prédios da Polícia gaúcha.

A equipe do Fantástico voltou ao lugar da compra. “Não tem como vender sem autorização. Só vendemos com a carteirinha”, garante a vendedora. Treze estados brasileiros não têm legislação específica sobre o comércio de fardas militares. Santa Catarina é um deles. Não há controle sobre confecção e venda de uniformes.

“Existe um acordo de cavalheiros dos estabelecimentos que vendem esse tipo de uniforme, de farda, no sentido de solicitarem identificação para quem está comprando”, explica o comandante do batalhão Gilmar Mônego. Em Criciúma, a identificação não foi pedida ao repórter, que comprou mais do que o traje completo: comprou também uma carteira com o símbolo da PM de Santa Catarina. O risco de bandidos terem acesso ao material chegou a ser comentado na loja. “Falso PM vestido com farda da Polícia Militar.

Aqui a gente nunca ouve falar isso”, garante a vendedora. Dias depois da venda, a mesma vendedora reconheceu o erro: “Esses tempos eu acabei vendendo sem saber, sem estar bem orientadinha”. Em São Paulo, o repórter repetiu em quatro lojas a tentativa de comprar uma farda sem a carteira funcional. Nenhuma vendeu. “Aqui tem uma lei estadual. Precisamos pegar o RG da pessoa, o batalhão que a pessoa é, o nome e o que comprou”, informa a vendedora.

Foi no Rio de Janeiro a descoberta mais assustadora: fardas são entregues pelo correio, sem qualquer fiscalização. Pela internet, o repórter entrou numa loja que funciona na zona norte da capital. Diante das muitas ofertas, encomendou camisa, calça, boné e cinto. No dia seguinte, um funcionário da loja telefonou para tirar algumas dúvidas.

No Rio de Janeiro, sem precisar fazer nada além de usar o uniforme, o repórter entrou numa escola pública, cheia de crianças. Em frente ao batalhão da PM, teve uma última comprovação do perigo que esse comércio representa: não provocou desconfiança nem entre os próprios policiais. Entregamos os uniformes aos responsáveis pela Polícia Militar dos três estados. “Qualquer um pode fabricar e vender uma farda militar do Rio de Janeiro. Não há restrições para compra e venda de fardamento”, confirma o comandante-geral da PM/RJ Mário Sérgio de Brito Duarte.

Os três comandantes acham que só uma lei nacional pode acabar com a farra da farda. “Uma legislação federal rigorosa e que atingisse não só esses especializados em vender uniformes, mas todos aqueles vendem pela internet, pelo correio. Em lojas de marca se compra peças de roupa muito parecidas com o uniforme, particularmente os camuflados”, diz o comandante-geral da PM/RS João Carlos Lopes.

O secretário nacional de segurança pública, Ricardo Balestreri, anuncia que em 15 dias vai criar um grupo de estudos sobre o assunto: “Se nós falarmos dos países desenvolvidos, é praticamente impossível que um cidadão comum compre uma roupa de uso exclusivo de polícia ou de Forças Armadas”.

Criança Esperança

O Criança Esperança é um programa promovido pela TV Globo há 24 anos. Nesse período já arrecadou mais de R$ 143 milhões, investidos integralmente no Brasil, em mais de 4.800 projetos sociais, beneficiando mais de 3 milhões de crianças, adolescentes e jovens em todo o país.
Até 2004, o Criança Esperança era desenvolvido em parceria entre a TV Globo e o Unicef. A partir dessa data, TV Globo e a UNESCO decidiram unir esforços para desenvolver ações que contribuam para a promoção do desenvolvimento social no Brasil, com ênfase especial na Educação e incluindo a atenção também para o segmento jovem.
No âmbito do projeto Criança Esperança, a UNESCO também acompanha técnica e financeiramente os Espaços Criança Esperança e a Pastoral da Criança, projetos apoiados em caráter permanente.
Os Espaços Criança Esperança foram criados pela TV Globo, entre os anos 2001 e 2003, com a finalidade específica de se constituírem como centros-modelo de atendimento a crianças, adolescentes e jovens de baixa renda, localizados em comunidades em situação de vulnerabilidade social, que tem por objetivo promover o fortalecimento dessas comunidades por meio do desenvolvimento de atividades voltadas à prevenção da violência urbana e à disseminação de uma cultura da paz.
Trata-se de uma iniciativa desenvolvida em conjunto com organizações da sociedade civil e governos municipais e/ou estaduais, que, geralmente, cedem o espaço físico onde são promovidas atividades artísticas, culturais, esportivas, de capacitação e de geração de emprego e renda.

São 4 os Espaços Criança Esperança:
Olinda, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo.

De 7 de agosto a 5 de setembro, você poderá doar por telefone
Ligue 0500 2009 007 para doar R$ 7,00
Ligue 0500 2009 015 para doar R$ 15,00
Ligue 0500 2009 030 para doar R$ 30,00
Custo da ligação: fixo: R$ 0,27 + impostos celular: R$ 0,50 + impostos
Mais Informações:

Dieta de menino com alergia a comida custa R$ 9 mil por mês

Toda vez que João Vithor, de 4 anos, come um alimento proibido “A barriga fica grande, a bochecha fica [inchada], o cabelo vai lá para cima e o olho fica desse tamanho”, descreve o menino. Ele tem alergia quase completa a comida. Só pode consumir um tipo especial de leite - que custa R$ 450 a lata e carne de rã. “Só a dieta do João fica em torno de R$ 9 mil por mês. Aí tem a da Nicole também”, calcula a mãe de João Vithor e Nicole, Poliana da Cruz. O cardápio da irmã, Nicole, é ainda mais restrito. Para ela, nada de rã. Só leite.

A prefeitura de Goiânia banca o tratamento, mas a mãe diz que às vezes a ajuda atrasa. “Quinze dias que falta o leite significam 15 dias que vai passar fome”.
É difícil eles entenderem que não são como as outras crianças. “Chega ao shopping, eu não posso ir nem na praça de alimentação com ele, porque ele vai sentir o cheiro da comida e vontade de comer”, lamenta o pai de João Vithor e Nicole, Roger Rios.

Alergias graves estão se tornando cada vez mais comuns, como mostra uma série especial da BBC que o Fantástico começou a exibir domingo passado. “Por volta de 30% da população mundial tem alergia. Acreditam até que até o final do século isso deve chegar a quase metade da população”, informa o vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia Fábio Castro.

Alergia é uma batalha exagerada do organismo para expulsar um corpo estranho. Existem várias explicações, nenhuma definitiva. Os cientistas apostam numa combinação de genética com exposição a poluentes e outros produtos químicos da vida moderna. A batalha contra a asma em duas ilhas ilustra a teoria. Barbados, no Caribe: os casos de asma aumentaram dez vezes nos últimos 20 anos. Atingem, hoje, 20% da população. Para os médicos, uma epidemia. "A explicação pode estar no processo acelerado de urbanização do país, com muito mais carros e poluição", diz a alergista Kathleen Barnes.

O fator hereditário da asma começou a ser desvendado em um lugar perdido no Atlântico Sul. Tristão da Cunha é a ilha mais remota do planeta. São sete dias de barco para chegar até aqui. Pelo isolamento extremo, é um laboratório natural para estudos genéticos. Metade da população tem asma. Um índice sem igual no mundo. O motivo: os cerca de 300 habitantes descendem de apenas sete famílias.

O casamento entre parentes acabou espalhando o gene da asma. Quem investigou a linhagem dos moradores e isolou o gene foi um cientista brasileiro - Noé Zamel, da Universidade de Toronto, no Canadá. Mas ele é cauteloso. "A descoberta não explica todo o problema da asma. É apenas uma peça do quebra-cabeça", destaca o professor da Universidade de Toronto Noé Zamel. Existe também uma hipótese evolutiva.

Pesquisas mostraram que o anticorpo que dispara a maioria das alergias tinha uma função bem diferente nos primórdios da humanidade. O IGE era uma proteção contra parasitas que infestavam o homem há milhares de anos. Em pouquíssimo tempo, na escala biológica, a urbanização, os remédios e os hábitos de higiene transformaram nossas vidas. Sem ter o que combater, o IGE voltou suas armas para invasores inofensivos - poeira, por exemplo. Mas e quando o inimigo parece atacar por todos os lados? Em Houston (EUA) pessoas se dizem tão alérgicas que nem a equipe de tevê pôde chegar perto.

Eles sofrem de "sensibilidade química múltipla". A portadora de sensibilidade química múltipla Nancy Van Afflen só dirige de luvas. "Sou alérgica ao vinil e ao poliéster", ela diz. A máscara e o cilindro de oxigênio protegem contra supostas toxinas no ar. Dentro da casa, tudo esterilizado. Os móveis foram adaptados. "Esse compensado não leva resina, nem formol. A cola é à base de soja", mostra Nancy. Para alguns médicos, a explicação para a "sensibilidade química múltipla" talvez seja psicológica. Como Nancy, muitas pessoas acreditam que têm alergia, mas nem sempre isso é verdade. "Talvez apenas 1% ou 2% dos adultos sejam realmente alérgicos", afirma a psicóloga Rebecca Knibb. Muita gente também confunde alergia com intolerância. Alergia é uma resposta de defesa do corpo, geralmente imediata.

Coceira, espirros ou falta de ar são alguns dos sintomas. Já a intolerância, de efeito mais lento, é a falta de enzimas, que são um tipo de proteína para digerir certos alimentos. “O alimento fica pesado, às vezes fica tendo uma diarréia contínua, toda vez que come aquele alimento”, explica o alergista Fábio Castro. Alergia não tem cura, mas pode ser controlada. Guilherme, de Petrópolis, tem voltado a comer aos poucos. “Peito de peru, coelho, frango. Às vezes reage bem mal”, comenta a mãe de Guilherme, Francelene da Silva. Em Goiânia, Nicole e João Vithor ainda não tiveram essa sorte. “Ele mesmo fala que papai do céu está curando ele, e que ele logo vai ficar bom e vai comer de tudo”, diz a mãe dos meninos. “Vai ter leite de vaca, bolo no meu aniversário, quando eu sarar”, planeja o pequeno João Vithor, de 4 anos.

Flutuador é lançado no Rio Tietê

O Rio Tietê ainda tem jeito? O SPTV acha que sim. A partir desta terça-feira o flutuador, desenvolvido pela Rede Globo e o IPI, o Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado, percorrerá o rio para medir o índice de oxigênio na água. Existem muitas formas de medir a qualidade da água. O SPTV escolheu o índice de oxigênio porque é mais fácil de acompanhar passo a passo. O oxigênio é fundamental para determinar se é possível que os peixes sobrevivam. O Tietê é um rio diferente. Ele nasce perto do mar e corre para o interior. Ele desaguará no Rio Paraná.

Depois de ficar muito poluído na capital, o Tietê ganha vida de novo. É um ser vivo que renasce todos os dias. Quem acompanha a boia é o eco-aventureiro Dan Robson. No meio do trajeto dos nove quilômetros já percorridos, ele contou que teve dificuldade por causa de galhos no meio do rio. Durante o lançamento do flutuador foi possível ter a ideia de que a viagem não será fácil. Os preparativos começaram ainda no escuro.

O esportista Dan Robson não podia esquecer nenhum detalhe: a roupa, que vai proteger contra a poluição; o capacete, que leva uma câmera; e, principalmente, o flutuador, um sensor para medir o oxigênio na água e indicar o grau de poluição. O sol deu boas vindas à aventura e a água clara e cheia de peixinhos do Tietê em Biritiba-Mirim foi um convite ao início de uma jornada de 500 quilômetros.

O flutuador deslizou no rio com facilidade. O mesmo não aconteceu com o Dan. Logo de cara, ele se enroscou nas pedras. Foi preciso deixar o remo e usar as pernas para se livrar da primeira barreira. O nível baixo do rio deixou mais obstáculos no caminho. Desta foram troncos e galhos de árvores, dificuldade para Dan e para o flutuador. Em outro ponto não teve jeito. A correnteza não ajudou e a boia com 11 quilos teve que ser rebocada. Será um longo percurso até Barra Bonita, no centro-oeste do Estado, quando flutuador deixará o Tietê.

Os profissionais da TV Globo desenvolveram um programa de computador para que você veja aí na sua casa, em tempo real, onde está o flutuador e qual o nível de oxigênio na água, naquele local. Através do flutuômetro, como a gente chamou o programa, vai dar pra saber onde o rio Tietê está mais poluído. A divisão é feita em três índices: de 0 a 1,9 significa que o nível de oxigênio na água é péssimo, quase não tem vida; de 2 a 4,9 é ruim e acima de 5 é bom. Dá para a gente ver a variação ao longo do caminho.

O flutuador foi lançado às 6h30 da manhã, na zona rural de Biritiba-Mirim. A água tinha 5,6 de oxigênio, considerado bom. Até às nove da manhã, ele percorreu quatro quilômetros e o índice mudou. Passou para 6,1, sinal de que aumentou a qualidade. Ao meio dia o flutuador estava a um quilômetro do centro de Biritiba-Mirim e o nível de oxigênio é de 6 pontos. Essa é uma região que tem muitas pedras e igarapés, o que ajuda a manter o rio limpo.


Quem Quer Ser um Milionário?

Quem Quer Ser um Milionário?
(Slumdog Millionaire)
ano de lançamento ( EUA Inglaterra ) : 2008
direção:
Danny Boyle
atores: Dev Patel , Ayush Mahesh Khedekar , Tanay Chheda , Freida Pinto , Rubiana Ali
duração: 02 hs 00 min

sinopse
Jamal K. Malik (Dev Patel) é um jovem que trabalha servindo chá em uma empresa de telemarketing. Sua infância foi difícil, tendo que fugir da miséria e violência para conseguir chegar ao emprego atual. Um dia ele se inscreve no popular programa de TV "Quem Quer Ser um Milionário?". Inicialmente desacreditado, ele encontra em fatos de sua vida as respostas das perguntas feitas.